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azul caixão

Este é um livro de poesia escrito a partir do mar.

Ed. Primata (2019)

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Interno. Externo. Ao redor. A água. A refração da luz batendo o tempo todo nos nossos próprios olhos como agente de transformação pessoal.

 

O título “azul caixão” é o nome, cunhado por mergulhadores, de um fenômeno que acontece no oceano. Em determinados momentos e circunstâncias, a água do mar se torna cristalina, ganhando metros e metros de visibilidade, o que, em conjunto com a refração da luz do sol, causa uma ilusão de ótica. Do ponto de vista de quem está submerso tudo parece trinta por cento mais perto do que realmente está. Os mergulhadores se perdem entre o fascínio da transparência e a ilusão da proximidade em relação à superfície. Como o próprio canto da sereia, muitos morrem afogados, sem saber a hora de voltar.



O livro foi desenhado, intuitivamente, em quatro graus [ou etapas] baseados neste mergulho às cegas. O primeiro, 0° superfície, se escreve na vida urbana, de textura mais fria e concreta; o segundo, -1° azul caixão, se escreve no momento em que algo nessa vida muda, o momento do afogamento, em que estamos ainda na confusão entre uma realidade e outra;

O terceiro, -2° rebenta, se escreve no momento da morte, ou da transformação, quando rompemos com aquilo que nos precedia e abrimos espaço para algo novo; e por fim o quarto grau, -3° um silêncio antigo, se escreve na libertação, quando estamos prontos para criar uma nova realidade e as antigas ruínas ganham lugar apenas em nosso imaginário.


 

Com produção e edição da Editora Primata, posfácio do escritor Teofilo Tostes Daniel, o livro também conta com ilustrações, da artista visual Natalia Lemos, que relembram o caderno de anotações de um mergulhador.

 

Foram quatro anos de escrita e trabalho coletivo para desgarrar, materializar, e dar um ponto final ao projeto, mesmo que, de alguma forma, este fim não exista. Ainda hoje, os sonhos e ideias continuam brotando em seu formato cíclico, marinho. Esperamos, no entanto, que esse "rascunho" impresso, infiltre as mãos de vocês.

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